sexta-feira, agosto 17, 2007

Feminina e singular

C´est d´elle-même, et sans mon assentiment que ma bouche va vers ton cou (Marcel Proust)

Quando eu amo
ela surge
Bate à porta
quando me revolto
Vem carinhosa enxugar as lágrimas que me entorpecem o rosto
Me tira da cama para se mostrar como solução
Insiste em aparecer na ponta do lápis quando você não me quer
A poesia guarda para si a plenitude e a angústia dos amantes

le

3 comentários:

Anônimo disse...

esqueci de comentar hoje. foucault, já no final da sua vida, falava em "cuidado com si". é uma possibilidade de redenção, de transcendência, uma possibilidade de salvação mesmo. trata-se de fazer algo mais do que por prazer, mais do que por simples e descompromissada fruição. trata-se de fazer algo que, sabe-se, vai permanecer - seja para a humanidade, seja para a pequena humanidade de nossas pequenas vidas. :-)

Anônimo disse...

Delicado, profundo e de uma beleza incrível.
Parabéns!!!

Anônimo disse...

Parece até uma letra do Chico!

Posso até ouvir o piano, o violão e aquela voz anasalada...

Acho que esse meneino, le?, tem futuro, hein!

Abraços