“O meu boi já morreu
Ficou triste meu terreiro
Mas no ano que vem
Eu canto boi o ano inteiro”
(Toada que encerrou a terceira parte da festa do boi-bumbá no Morro do Querosene)
A festa do boi-bumbá ocorre três vezes ao ano no Morro do Querosne, na zona Oeste de São Paulo. Festaja-se o renascimento, a vida e a morte do boi. A celebração é resultado da dedicação dos imigrantes maranhenses, que aqui se estabeleceram, para manter suas tradições e manisfetações culturais. Estive lá pela primeira vez no Domingo passado e saí com a certeza de retornar em breve, no renascimento do boi.
(Bumba-meu-boi no Maranhão - João Augusto - jares.fotoblog.uol.com.br)
O texto que segue é uma homenagem e uma tentativa de expressar em palavras as impressões que meus sentidos colheram durante esta incrível celebração.
O boi do Maranhão, o boi do Norte, o boi cíclico
O boi que nasce para dar a vida
Aos tambores, aos pandeiros, às toadas, ao maracatu
O boi que nasce para criar os movimentos
A dança, a roda, o bailado dos corpos fantasiados
Dos cablocos, das índias, das entidades em transe
O boi que vive na harmonia da disputa
Entre a força e a inteligência
Entre o homem e o animal
O boi que morre no sacrifício, na estocada
Na sangria do ritual respeitoso
O boi que morre para reviver
Os cantos e as danças da natureza
Porque na natureza tudo que se desfaz
Dá início a um novo começo
O boi da esperança!
ri
4 comentários:
Se tivéssemos combinado não teria dado tão certo. Postarmos ao mesmo tempo? Nããããoooo!!!!
Assim como o outro texto, PERFEITO!!!
Percebo agora que vou cansar de te elogiar por seus textos neste blog.
Perfeito! (também acho)
le
zuado!
mentira, essa foi só pra distoar um pouco da opinião dos teus companheiros de blog.
eu nao vou falar que está senscional, pois acho que nem preciso.
"o meu boi se f... e o seu?"
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