O caminho foi dado. Carlos ensinou a procurar a beleza na monotonia. Não é anti-futurismo, é futurismo amadurecido. A realidade se modificava e o belo se tornava obsoleto. A efemeridade se condensava e a poesia se diluía. O momento fatídico era próximo. Mesmo no asfalto da capital de meu país, a flor surgia. A poesia não era tão bela, mas era poesia.
A carência de todas as coisas me fez agora pensar que Drummond nunca foi tão moderno.
O mundo pede beleza
a natureza, socorro,
os carros pedem cautela,
os escritórios, mais flores,
a vida pede poesia,
os livros pedem leitores,
o tempo pede mais tempo,
o café mais açúcar
como o sexo mais amores.
le
quinta-feira, novembro 16, 2006
Assinar:
Postar comentários (Atom)
7 comentários:
PERFEITÍSSIMO!!!!!
ESTOU BOQUIABERTA COM A EMOÇÃO DE SUAS PALAVRAS.
TANTO ESSE QUANTO O OUTRO ME EMOCIONARAM MUITO.
PARABÉNS!!!!! CONTINUE ESSA PRODUÇÃO MARAVILHOSA.
Le, tá sensacional! Sério!
Nao gosto muito de comentar nesse blog porque todos os textos que li são muito bons!
Gostei mais ainda do início, me ajuda no vestibular! hahahaha
Tá, não tinha como eu não fazer uma piadinha!
Parabéns, mesmo!
É muito prazeiroso ler o que você escreve!
Guedelho, como já tinha te dito, gosto do começo mas não do poema...Nada pessoal...Risos.
Beijo.
Ro
O mundo pede cautela
a natureza, tempo,
os carros pedem socorro,
os escritórios, mais açúcar,
a vida pede amores,
os livros pedem beleza,
o tempo pede mais flores,
o café mais leitores,
como o sexo mais poesia.
aaaacho que tá na hora de alguém postar, hein?
o blog começou bombando e agora ninguém mais posta?
tsc tsc tsc!
...e como já dizia o drummond: é feia, mas é uma flor.
ah, a poesia....
beijos, adentre meu blog também.
Postar um comentário